Conforme explica o professor de APH, Marcelo Salgueiro Bruno, o manejo de pacientes com crises convulsivas é uma habilidade crucial para os profissionais de Atendimento Pré-Hospitalar (APH). Embora este artigo não tenha um tópico específico, é importante abordar esse tema de maneira geral para destacar a importância do treinamento adequado e da compreensão das melhores práticas ao lidar com pacientes que sofrem de convulsões.
As crises convulsivas são eventos neurológicos súbitos e imprevisíveis que podem ocorrer em pessoas de todas as idades. Segundo Marcelo Salgueiro Bruno, elas podem ser causadas por várias condições subjacentes, como epilepsia, traumatismo craniano, febre alta, infecções ou distúrbios metabólicos. Independentemente da causa, é fundamental que os profissionais de APH saibam como abordar esses pacientes com segurança e eficácia.
A seguir, apresentamos algumas diretrizes gerais para o manejo de pacientes com crises convulsivas no contexto do Atendimento Pré-Hospitalar:
Segurança em primeiro lugar: a segurança do paciente e da equipe de APH deve ser a principal prioridade. Certifique-se de que o local esteja seguro para evitar lesões adicionais ao paciente. Afaste objetos pontiagudos ou perigosos e crie um espaço adequado ao redor do paciente para evitar quedas, sugere Marcelo Salgueiro Bruno.
Avaliação inicial: determine se o paciente está consciente ou inconsciente. Se estiver consciente, tente acalmá-lo e mantenha a segurança. Se o paciente estiver inconsciente, verifique sua respiração e pulso e inicie as manobras de suporte básico de vida, se necessário.
Proteção das vias aéreas: mantenha a via aérea do paciente desobstruída. Coloque-o em posição lateral de segurança (PLS) após a convulsão para evitar a aspiração de saliva ou vômito.
Evite a restrição: assim como informa Marcelo Salgueiro Bruno, não restrinja os movimentos do paciente durante a convulsão, a menos que haja risco iminente de lesão. Não coloque objetos na boca do paciente, pois isso pode causar danos.
Duração da convulsão: faça o registro do tempo de duração da convulsão. Se a convulsão durar mais de cinco minutos (ou conforme as diretrizes locais), isso é considerado uma emergência médica, e você deve solicitar ajuda adicional e considerar a administração de medicações anticonvulsivantes se estiverem disponíveis.
Após a convulsão: após a convulsão, permaneça com o paciente e forneça apoio emocional. Avalie a respiração e o estado de consciência do paciente e continue a monitorização vital. Esteja preparado para administrar oxigênio ou iniciar a ventilação assistida se necessário.
Identificação da causa: se possível, procure identificar a causa subjacente da convulsão, como histórico médico do paciente, testemunhas oculares e outras informações disponíveis.
Transporte seguro: se a convulsão for a primeira experimentada pelo paciente ou se houver complicações, é essencial transportá-lo para uma unidade de saúde para avaliação médica mais detalhada.
Lidar com pacientes com crises convulsivas pode ser desafiador, mas com treinamento adequado e compreensão das diretrizes de manejo, os profissionais de APH podem desempenhar um papel crucial na prestação de cuidados de emergência eficazes. Além disso, é importante lembrar que cada caso é único, e a abordagem pode variar com base nas circunstâncias específicas. Portanto, a formação contínua e a atualização das habilidades são fundamentais para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes.