O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em Recife, Pernambuco, para participar de uma cerimônia de entrega de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida. Durante seu discurso, Lula destacou a gratidão das pessoas pobres e a simplicidade de suas necessidades. “É fácil governar para cuidar dos pobres – o que é muito difícil é cuidar dos ricos”, afirmou o presidente, ressaltando o prazer de atender às necessidades básicas da população.
Relação com Governadora e Prefeito
No evento, Lula esteve acompanhado pela governadora Raquel Lyra (PSDB) e pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB). Apesar de Lyra e Campos pertencerem a grupos políticos diferentes, Lula enfatizou que sua vinda ao estado não dependia da opinião da governadora sobre ele. “Eu não quis saber se a governadora gosta de mim ou não”, disse Lula, acrescentando que trataria o povo de Pernambuco da mesma forma que trataria se fosse um governo aliado.
Apoio a João Campos
Lula elogiou João Campos, destacando a qualidade do trabalho do prefeito e mencionando a amizade que tinha com o pai de Campos, o ex-governador Eduardo Campos. O presidente indicou que o PT está inclinado a apoiar a reeleição de João Campos, enquanto a governadora Raquel Lyra apoia o ex-secretário Daniel Coelho (PSD) como pré-candidato.
Pressão por Vice do PT
O PT de Pernambuco ainda busca emplacar um vice na chapa de João Campos. No entanto, o prefeito tem manifestado preferência por seu ex-chefe de gabinete, Victor Marques (PCdoB), para o posto de vice.
Reações e Protestos
Vaias de Servidores da Saúde
Durante o evento, um grupo de servidores da área da Saúde vaiou o presidente Lula, cobrando o pagamento do piso salarial da enfermagem. As vaias ocorreram no contexto do relançamento de um programa federal de combate à fome, também realizado em Recife.
Contexto Econômico
As declarações de Lula sobre a diferença entre governar para os pobres e os ricos também se inserem em um contexto econômico desafiador. O presidente tem criticado o Banco Central e seu presidente, Roberto Campos Neto, especialmente após a interrupção do ciclo de cortes da taxa básica de juros, a Selic, devido a preocupações com a inflação e riscos fiscais.