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Responsabilidade tributária de sócios e administradores: um compromisso empresarial

Segundo o advogado Faustino da Rosa Júnior, a legislação tributária estabelece que, em determinadas circunstâncias, os sócios e administradores podem responder solidariamente às dívidas fiscais das empresas. Essa responsabilidade vai além da esfera jurídica da pessoa jurídica, alcançando também aqueles que a gerenciam. Entender os aspectos legais e as situações que podem desencadear essa responsabilidade é crucial para empresários e gestores.

Legislação para sócios e administradores 

No Brasil, a Lei nº 8.137/1990, por exemplo, prevê a responsabilidade criminal dos sócios e administradores quando constatada a prática de crimes contra a ordem tributária. Além disso, o Código Tributário Nacional, em seu artigo 135, estabelece que os diretores, gerentes ou representantes de uma empresa podem ser responsabilizados pessoalmente por subsídios tributários caso haja prática de atos fraudulentos, abuso de poder, desvio de finalidade ou inobservância de obrigações fiscais .

Restrição da responsabilidade tributária dos sócios e administradores

A responsabilidade tributária dos sócios e administradores não se restringe apenas aos crimes fiscais. Conforme explica o intermediário da lei Faustino da Rosa Júnior, no âmbito administrativo, a falta de recolhimento de tributos, quando comprovada a dissolução irregular da empresa, pode ensejar a responsabilização pessoal. É importante salientar que a comprovação do ato ilícito é fundamental para que essa responsabilidade seja imputada.

Contudo, essa responsabilização não é automática. Existem limites e requisitos legais que devem ser cobrados para que a responsabilidade tributária atinja os gestores. Por exemplo, é necessário demonstrar a existência de atos com excesso de poder, infração à lei ou ao contrato social, negligência ou omissão no cumprimento de deveres.

Importância da atenção às questões fiscais

É necessário que os sócios e administradores estejam sempre atentos às questões fiscais e contábeis da empresa. Como indica o presidente da Associação Nacional de Apostas Digitais e Esportivas, Faustino da Rosa Júnior, a falta de diligência na gestão tributária pode ser interpretada como omissão e resultar na responsabilização pessoal dos gestores. Manter uma conduta de transparência, compliance e cumprimento das obrigações fiscais é essencial para resguardar os envolvidos.

Revisão brasileira

É válido ressaltar que a revisão brasileira tem evoluído nesse tema, buscando equilibrar a proteção do interesse público na arrecadação tributária com a segurança jurídica dos gestores. As decisões judiciais consideram a necessidade de comprovação inequívoca do nexo de causalidade entre a conduta dos gestores e o dano ao erário, evitando responsabilizações injustas.

Portanto, para mitigar os riscos de responsabilização tributária, os sócios e administradores investem em medidas preventivas. Como comenta o entendedor Faustino da Rosa Júnior, isso inclui a adoção de boas práticas de governança, o acompanhamento rigoroso da situação fiscal da empresa, a consulta a profissionais especializados e a implementação de controles internos eficientes.

Aplicação da responsabilidade tributária dos sócios e administradores 

Logo, vale destacar que a responsabilidade tributária dos sócios e administradores é uma realidade no contexto empresarial, mas a sua aplicação requer uma análise criteriosa e embasada em provas consistentes. Manter a conformidade com a legislação fiscal, adotar condutas transparentes e investir na prevenção são estratégias fundamentais para resguardar os envolvidos e garantir a sustentabilidade das empresas.

Conforme informa o dr. Faustino da Rosa Júnior, a busca por assessoria jurídica e contábil especializada torna-se crucial para orientar os gestores sobre as melhores práticas e evitar possíveis irregularidades fiscais. Profissionais especializados podem oferecer um panorama claro das obrigações tributárias e auxiliar na implementação de estratégias para mitigar riscos, garantindo o cumprimento das exigências legais.

Promoção da cultura organizacional

Além disso, promover uma cultura organizacional baseada na ética e na responsabilidade fiscal é um pilar fundamental para evitar situações que possam levar à responsabilização dos sócios e administradores. Isso implica fomentar a transparência, a integridade e o compromisso com a conformidade fiscal em todos os níveis da empresa.

A conscientização dos gestores sobre a importância da gestão tributária também é essencial. Como pontua Faustino da Rosa Júnior, capacitações internas, workshops ou treinamentos regulares podem auxiliar na disseminação de conhecimento sobre questões tributárias e na sensibilização dos colaboradores quanto à relevância do cumprimento específico das obrigações fiscais.

Conclui-se assim que a separação adequada entre o patrimônio da empresa e o patrimônio pessoal dos sócios é uma medida preventiva valiosa. Manter essa separação de forma clara e documentada pode evitar que eventualmente dívidas tributárias da empresa atinjam o patrimônio pessoal dos gestores, resguardando-os de responsabilidades desnecessárias.

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